quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Chá e café ajudam a prevenir diabetes, diz estudo.


Pessoas que bebem chá e café correm menos riscos de desenvolver diabetes do tipo 2, concluíram especialistas após análise de vários estudos sobre o assunto. Curiosamente, a proteção pode não estar associada à cafeína, uma vez que o café descafeinado parece ser mais efetivo, dizem os pesquisadores em artigo na revista científica Archives of Internal Medicine.

Eles analisaram 18 estudos separados envolvendo quase 500 mil pessoas e concluíram que pessoas que bebem três ou quatro xícaras de café ou chá por dia diminuem suas chances de desenvolver a condição em um quinto ou mais. A mesma quantidade de café descafeinado teve um efeito ainda maior, diminuindo os riscos em um terço.

A diabetes do tipo 2, ou diabetes mellitus do tipo 2, é a forma mais comum de diabetes. Ela começa a se manifestar após os 40 anos de idade e se desenvolve quando o corpo produz insulina, mas não o suficiente, ou quando a insulina que é produzida não funciona direito. Ela é tratada com uma dieta saudável e aumento na atividade física. Medicação e insulina também são receitados com frequência.

Se as conclusões do estudo forem confirmadas, médicos podem começar a aconselhar pacientes a colocar a água para ferver além do aumento nos exercícios e a atenção com a dieta e o peso - dizem os pesquisadores.

Estudo
Quando os pesquisadores combinaram e analisaram os dados colhidos pelos 18 estudos, descobriram que cada xícara adicional de café ingerida por dia diminui os riscos de diabetes em 7%.

A chefe da equipe, Rachel Huxley, da Universidade de Sydney, na Austrália, disse que é pouco provável que os resultados estejam associados unicamente à cafeína, dada a revelação de que o café descafeinado é mais efetivo.

Outros componentes do café e do chá - entre eles, o magnésio e os antioxidantes conhecidos como ácidos clorogênicos - podem estar envolvidos no processo. Segundo Huxley, "a identificação dos componentes ativos dessas bebidas abriria novas opções terapêuticas para a prevenção da diabetes mellitus".

"Se esses efeitos benéficos forem confirmados em testes, as implicações para milhões de indivíduos que sofrem de diabetes mellitus, ou que correm riscos de desenvolvê-la no futuro, seriam substanciosas", disse Huxley. Uma representante da entidade britânica Diabetes UK, Victoria King, disse: "Sem informações completas sobre que outros fatores podem estar influenciando os riscos de desenvolver a diabetes do tipo 2 nos participantes do estudo - como seu nível de atividade física e dieta - ou sobre qual seria o ingrediente ativo do chá ou café responsável, não podemos saber ao certo a que se deve esse efeito, se é que ele existe".

"O que sabemos com certeza é que o desenvolvimento da diabetes do tipo 2 está fortemente associado ao estilo de vida, o que significa que muitos casos poderiam ser prevenidos com atividade física e uma dieta saudavel que seja pobre em gordura, sal e açúcar e rica em frutas e legumes", aconselha King.

Fone: Terra

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O valor medicinal das "frutas" de Natal


Oalor inal das "frutas" de Natal22 razões para apreciar sem culpa amêndoa, nozes, castanha, macadâmia, pistache.Quando se observa a lista abaixo, fica claro porque devemos comer com moderação as maravilhosas frutas oleaginosas. Para ficar num exemplo, 100 gramas de castanha do Pará possuem tanta caloria quanto 2 quilos de abacaxi.

Veja o valor calórico de outras frutas (porção de 100 gramas):

Castanha do Pará - 1049 calorias Castanha de caju - 914 calorias Noz - 710 calorias Macadâmia - 710 calorias Amêndoa - 640 calorias Pistache - 640 calorias Avelã - 633 calorias

Ingeridas com comedimento, no entanto, as oleaginosas são fontes importantes de nutrientes para o organismo. Confira na lista 22 nutrientes vitais para a vida e as oleaginosas que se destacam pela alta concentração de cada um deles:

1. Aminoácidos: fonte da formação da proteína, também atuam na construção e bom funcionamento de nossos órgãos. Destaque: Castanha de caju e nozes 2. Cálcio: fortalece a massa óssea e os dentes, bem como auxilia na transmissão dos impulsos nervosos. Destaque: Avelã, castanha de caju, macadâmia e pistache 3. Carboidrato: armazenam e transportam energia, ajudam no processo de coagulação sanguínea. Destaque: Avelã, castanha de caju e pistache 4. Cobre: participa do combate aos radicais livres no transporte do ferro. Destaque: Pistache 5. Ferro: trabalha na formação da hemoglobina, na produção de proteínas e no transporte de oxigênio. Destaque: Castanha de caju, macadâmia, pistache 6. Fibra: auxilia no trabalho do intestino grosso, prevenindo a prisão de ventre. Destaque: Amêndoa, castanha de caju, macadâmia e pistache 7. Fósforo: juntamente com o cálcio, ajuda a formar e a manter fortes os ossos e os dente. Destaque: Castanha de caju, macadâmia e pistache 8. Gordura Monoinsaturada: reduzem os níveis do colesterol ruim. Destaque: Castanha de caju e pistache 9. Magnésio: ativa os receptores de insulina, que converte açúcar em energia. Destaque: Pistache 10. Ômega-3: sua ingestão está relacionada à diminuição do crescimento de cânceres. Destaque: Amêndoa, castanha do Pará e nozes 11. Potássio: essencial para a transmissão do impulso nervoso, auxilia no controle da hipertensão arterial. Destaque: Amêndoa, nozes, pistache 12. Proteína: formam os hormônios, anticorpos e os componentes básicos das células. Destaque: Castanha de caju e castanha do Pará 13. Selênio: importante antioxidante, trabalha no bom funcionamento da glândula tireóide. Destaque: Castanha do Pará e pistache 14. Sódio: atuam no processo de contração muscular e ajudam na absorção de nutrientes pelas células. Destaque: Castanha de caju 15. Vitamina A: protege a pele e mucosas. Auxilia a função da retina e o bom funcionamento do sistema imunológico. Destaque: Pistache 16. Vitamina B1: melhora a circulação, a formação de sangue e o metabolismo de carboidratos. Destaque: Avelã, pistache e macadâmia 17. Vitamina B2: atua na formação de hemácias, produção de anticorpos e respiração celular. Destaque: Macadâmia 18. Vitamina B3: ajuda o bom funcionamento do sistema nervoso, reduz o colesterol e melhora a circulação. Destaque: Macadâmia 19. Vitamina B6: atua na produção de células do sistema nervoso e na formação do sangue. Destaque: Nozes, pistache 20. Vitamina C: poderoso antioxidante, combate a formação dos radicais livres. Destaque: Avelã 21. Vitamina E: antioxidante, também atua no processamento da glicose. Destaque: Amêndoa, avelã, castanha do Pará e nozes

22. Zinco: ajuda no combate a infecções, agiliza o processo de cicatrização e ativa a memória. Destaque: Amêndoa e pistache


Fonte: IG

domingo, 6 de dezembro de 2009

Cerveja previne osteoporose nas mulheres, dizem espanhóis


Aos poucos alguns alimentos e bebidas começam a ser regenerados pela ciência. Depois que cientistas alemães descobriram que cerveja não causa a famosa barriga, agora os espanhóis nos brindam, trocadilhos à parte, com o fato de que o consumo de cerveja fortelece a estrutura óssea feminina. De acordo com o periódico especializado Nutrition, o alto nível de silício na cerveja previne o afinamento da estrutura óssea que leva a fraturas e ainda aumenta a formação de ossos novos. Além disso, a "loira" é rica em fitoestrogênios, aqueles vindo de plantas, que auxiliam em manter os ossos fortes.

A pesquisa foi realizada com 1.700 mulheres saudáveis com idade média de 48 anos. Após responderem um questionário sobre seus hábitos alcoólicos, elas passaram por um ultrasom da mão e aquelas que afirmavam beber tinham ossos mais densos. A escolha das mãos para o estudo dá-se ao fato de que são nos ossos dos dedos que a osteoporose geralmente aparece primeiro.

É bom lembrar que segundo dados da Federação Nacional de Associações de Pacientes e Combate à Osteoporose, o número de dias passados em hospitais por causa da fratura causados pela doença é superior aos induzidos por problemas como diabetes e infarto do miocárdio em mulheres com idade acima de 45 anos.

Não é necessário porém se embebedar para conseguir algum resultado, mesmo porque as chances de cair e quebrar alguma parte do corpo aumentam. Na pesquisa espanhola, mesmo aquelas que foram consideradas bebedoras eventuais (menos de uma caneca por dia) tiveram o mesmo resultado das que bebiam cerveja praticamente toda noite. A mesma conclusão já havia sido alcançada em outro estudo realizado pela Universidade Tufts dos Estados Unidos no começo deste ano.

Fonte: Terra

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"Antidepressivos naturais" ajudam a curar tristeza e depressão leve


Tristeza, desânimo, depressão: quando as coisas começam a tornar-se sombrias ou fica mais difícil levar a vida, é preciso procurar ajuda. Normalmente, a melhor estratégia é combinar diferentes medidas -por exemplo, uso de remédios ou substâncias com princípios ativos, medidas de autocuidado (como alimentação adequada e prática de exercícios) e apoio psicoterápico. Em caso de depressão intensa, que, diferentemente da tristeza comum, é doença, o uso de medicamentos sintéticos pode ser indicado.

Mas, para depressão leve ou moderada, há opções de antidepressivos naturais que podem ter efeito. Abaixo estão relacionados dez desses itens, que podem levantar o ânimo ou ajudar no tratamento da depressão. Oito deles têm algum grau de evidência -como critério, foram utilizadas meta-análises (revisões de vários estudos) da organização Cochrane, rede global dedicada à revisão de pesquisas na área de saúde. Dois são controversos e precisam de mais estudos sobre sua eficácia e segurança.

Exercícios

O exercício estimula a secreção de endorfinas, que causam sensação de bem-estar. "Além disso, melhora a circulação e a oxigenação do cérebro. E tem efeitos indiretos em sintomas ligados à depressão, como a qualidade do sono", diz Frederico Navas Demetrio, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Em geral, acredita-se que os exercícios de maior intensidade sejam mais eficazes. Mas, na revisão de 25 estudos feita pela organização Cochrane, que confirmou que a atividade física melhora os sintomas de depressão, os pesquisadores afirmaram que não há evidência sobre qual tipo de exercício é mais eficaz. O que costuma funcionar melhor é praticar uma atividade física que dê prazer.

5 HTP (hitroxi-triptofano)

O triptofano é um aminoácido essencial, encontrado especialmente em alimentos proteicos, como carnes e laticínios. Não é produzido pelo corpo e precisa ser adquirido via alimentação. Esse aminoácido leva à produção de serotonina, neurotransmissor relacionado ao prazer e ao bem-estar.

Por isso, a suplementação de 5 HTP pode ser usada em alguns casos de depressão e tristeza. "É mais indicado para quem tem a deficiência do nutriente, causada, por exemplo, por dietas vegetarianas pobres em proteínas. Uma alimentação equilibrada supre as necessidades de triptofano", diz Vânia Assaly, endocrinologista e nutróloga, membro da International Hormone Society.

Para ela, o suplemento age especialmente na melhora do sono, na redução da voracidade noturna e em transtornos leves de humor. Os suplementos dietéticos de 5 HTP são produzidos principalmente a partir de uma planta africana, a Griffonia simplicifolia.

Em uma meta-análise, pesquisadores da Cochrane encontraram evidências de que o 5 HTP é melhor do que placebo para aliviar sintomas da depressão. Notaram, porém, que a maioria dos estudos não atingiu todos os critérios de qualidade e que mais pesquisas devem ser feitas para verificar possíveis efeitos adversos.

Segundo Frederico Demetrio, do HC, os primeiros estudos com 5 HTP foram interrompidos porque seu uso provocou dores musculares, mas elas foram atribuídas a impurezas no produto utilizado. "Em tese, o 5 HTP de boa qualidade, purificado, pode funcionar."

Porém, o 5 HTP pode interagir com antidepressivos sintéticos, levando à concentração excessiva de serotonina. É contraindicado, ainda, para pacientes com tumores malignos ou doenças cardiovasculares.

Meditação

Estudos mostram que a meditação produz mudanças no cérebro, como a redução ou o aumento da atividade de certas regiões. "A hipótese é que reduza hormônios como o cortisol, diminuindo a ansiedade, e promova liberação de endorfinas, ligadas à sensação de prazer", diz José Roberto Leite, coordenador da unidade de medicina comportamental da Unifesp.

Em 15 pesquisas analisadas pela organização Cochrane, pessoas que meditaram apresentaram melhora da depressão em comparação com as que não fizeram nenhum tratamento. O estudo concluiu que a técnica tem potencial para ser o tratamento inicial do problema, especialmente para pessoas jovens, com o primeiro episódio de depressão ou com quadro considerado bem leve.

Para Leite, os maiores cuidados devem ser tomados com pessoas com tendências autodestrutivas, como pensamentos suicidas. "São casos em que é preciso muito acompanhamento, e a meditação não pode ser o tratamento principal."

Ele diz que, em geral, a meditação é uma técnica eficaz e de baixo custo para diminuir os sintomas e reduzir as reincidências do distúrbio. Para ter efeito, ele recomenda que seja praticada, no mínimo, quatro vezes por semana. "No início, a pessoa pode praticar por cinco a oito minutos. Em uma semana, ela já consegue meditar por dez minutos e vai aumentando gradativamente até chegar a 30 minutos, o que é suficiente para obter os efeitos", diz Leite.

Fototerapia

A exposição à fonte de luz artificial intensa é um tratamento comprovado para a depressão sazonal -que ocorre no inverno, quando o período de luz solar diminui. É frequente em países mais distantes do Equador, em que os dias se tornam muito curtos nos meses frios. No Brasil, é menos comum.

Na fototerapia, uma lâmpada fluorescente de pelo menos 2,5 mil lux (unidade de medida de luz) é colocada perto dos olhos da pessoa, sem que essa precise olhar diretamente para a lâmpada. As sessões duram cerca de 30 minutos por dia.

Segundo Rubens Pitliuk, neuropsiquiatra do hospital Albert Einstein, a fototerapia também pode ajudar em outros casos de depressão, se os sintomas pioram em dias cinzentos.

Uma revisão de 20 estudos concluiu que traz benefícios discretos, mas promissores, também para casos de depressão não sazonal, quando usada com outros tratamentos.

É possível adquirir aparelhos de fototerapia para uso em casa, mas deve haver orientação médica. Também é importante usar aparelho que não emita raios ultravioleta.

Suplementos de vitaminas B12 e B9 (ácido fólico)

As vitaminas B12 e B9 são essenciais para a fabricação de diversos neurotransmissores e atuam como modulares dos sistemas neurológico e hormonal. Em pessoas deprimidas, pode ser observada uma diminuição dos níveis desses nutrientes presentes no sangue.

A suplementação dessas vitaminas pode aliviar sintomas de depressão e potencializar efeitos de medicamentos antidepressivos. Costuma ser indicada para pacientes com sintomas de deficiência nutricional e alcoólatras (que normalmente apresentam deficiência de nutrientes e, em especial, falta de vitamina B 12).

Uma análise de estudos realizada pela Cochrane, envolvendo um total de 151 pessoas, indicou que o uso de vitamina B9 (ácido fólico) em conjunto com outros tratamentos diminui o grau de depressão dos pacientes. No entanto, os estudos não mostram se o efeito ocorre tanto em pessoas com deficiência do nutriente quanto nas com níveis normais de vitamina B9.

Em caso de desânimo ou tristeza não patológica sem causas aparentes, pode ser investigada a falta dessas vitaminas por meio de exame de sangue. Nessa circunstância, a suplementação pode ser suficiente.

Nos casos de depressão, é necessário corrigir a deficiência, se constatada, mas a suplementação é considerada um adjuvante do tratamento, e não o foco principal.

Em pacientes que não estão respondendo aos tratamentos, é recomendado checar os níveis dessas vitaminas encontrados no sangue e a suplementação pode auxiliar na obtenção de resultados.

Aparentemente, não há efeitos adversos e interações medicamentosas com o uso de suplementos de vitaminas B9 e B12. O excesso desses nutrientes no organismo é eliminado naturalmente pela urina.

Erva-de-são-joão

O extrato da erva-de-são-joão (Hypericum perforatum L) é um dos chamados antidepressivos naturais mais estudados. Porém, seu mecanismo de ação ainda não está totalmente esclarecido. "Aparentemente, seus princípios ativos têm ação semelhante à dos [medicamentos sintéticos] inibidores da recaptação de serotonina", diz Frederico Demetrio, do HC de São Paulo.

A serotonina é um neurotransmissor que modula o humor e provoca bem-estar. Baixos níveis da substância estão relacionados aos quadros de depressão. Os inibidores de recaptação aumentam a disponibilidade da serotonina no sistema nervoso central.

Uma meta-análise feita pela organização Cochrane concluiu que o extrato de erva-de-são-joão tem efeito superior ao do placebo e similar ao dos medicamentos sintéticos no tratamento de depressão leve a moderada. Foram analisados 29 estudos, que incluíam, no total, 5.489 pacientes.

Os autores ressaltam que, como há grande variedade de produtos à base de erva-de-são-joão no mercado, os resultados só são aplicáveis para as preparações testadas nos trabalhos incluídos na meta-análise. "É preciso usar extrato de qualidade com as concentrações adequadas dos princípios ativos da planta", diz Demetrio.

Segundo o psiquiatra, o uso e a dosagem devem ser indicados e supervisionados por médicos, e os efeitos começam a ser percebidos após duas semanas, aproximadamente.

O mais importante é saber que a erva-de-são-joão interage com outros medicamentos e não pode ser usada com alguns deles. "O uso associado a outros antidepressivos, por exemplo, pode levar à síndrome serotoninérgica [concentração excessiva de serotonina], que causa de mal-estar a alucinações", afirma Demetrio.

O mesmo pode ocorrer com alguns remédios usados para emagrecimento.

O extrato também diminui a absorção de remédios anticoagulantes e de algumas drogas quimioterápicas, prejudicando o tratamento.

Entre os efeitos adversos, a erva-de-são-joão pode aumentar a fotossensibilidade -causando manchas e eczemas na pele com a exposição à luz- e causar secura na boca e constipação intestinal.

Acupuntura

A acupuntura busca reequilibrar a chamada "energia vital" por meio da estimulação de pontos específicos do corpo. A depressão, dentro dessa perspectiva, é entendida como um desequilíbrio no fluxo energético entre os órgãos. Restaurar esse fluxo e a saúde geral do indivíduo é uma estratégia para lidar com estados de desânimo.

Martius Luz, do setor de medicina chinesa e acupuntura da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que, além da restauração de energia, acredita-se que a acupuntura gere respostas no sistema nervoso central que estimulam a produção de serotonina.

Embora não existam estudos suficientes para comprovar essa teoria, há pesquisas populacionais indicando que as pessoas propensas a usar técnicas de medicina complementar obtêm resultados no tratamento da depressão com acupuntura.

Uma revisão de sete estudos envolvendo 517 pessoas avaliou que não há evidência de que os medicamentos sintéticos sejam melhores do que a acupuntura para diminuir os sintomas de depressão. Por outro lado, os pesquisadores dizem não ter dados para concluir sobre a eficácia da acupuntura por si só.

Para Luz, a acupuntura pode ser usada isoladamente ou com outros tratamentos. O suporte emocional, como a psicoterapia, é importante para o sucesso do tratamento.

Os efeitos começam a surgir após cerca de cinco aplicações, mas podem demorar mais, dependendo da saúde geral e do grau de depressão do paciente. "Para alguns, são necessárias 15 aplicações", afirma Luz.

GH e melatonina são tratamentos controversos

A utilização de hormônio do crescimento (GH) e de melatonina para quadros de depressão pode surtir algum efeito em casos específicos, mas não há evidências suficientes sobre os efeitos positivos e a segurança de uso dessas substâncias.

"O hormônio do crescimento só deve ser utilizado em pessoas que têm deficiência comprovada da substância. Nesse caso, pode ter efeito benéfico nos sintomas da depressão, mas só deve ser usado com indicação e controle médico, porque há risco de vários efeitos indesejáveis", afirma a endocrinologista Vânia Assaly.

De acordo com Frederico Demetrio, do Hospital das Clínicas de São Paulo, o déficit do hormônio de crescimento é difícil de ser medido, porque a secreção da substância varia muito durante o dia. "O hormônio do crescimento tem efeitos colaterais perigosos e é usado indevidamente, como anabolizante, por exemplo. De fato, ele causa hipertrofia muscular, e isso inclui o músculo cardíaco, o que pode levar a problemas no coração e ao infarto", diz ele.

O GH também pode causar diabetes, tem interações perigosas com vários medicamentos, como os contra o câncer, e traz riscos renais.

A melatonina é uma substância produzida naturalmente pelo corpo que regula o ciclo sono-vigília. "A sincronização do sono pode, teoricamente, ajudar no tratamento, já que problemas para dormir são sintomas importantes da depressão", afirma Demetrio.

Os efeitos especificamente antidepressivos da melatonina também estão sendo estudados, e um medicamento para depressão que atua nos receptores de melatonina está em fase de pesquisa.

Assaly lembra que a venda da melatonina é proibida no Brasil: a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu parecer desfavorável à análise de eficácia e segurança do produto. No entanto, em alguns países, como os EUA, a melatonina é um suplemento de venda livre.

Consumo diário de café retarda doenças do fígado



O consumo diário de várias xícaras de café retarda a evolução de doenças do fígado, como a hepatite C, revela um estudo de pesquisadores norte-americanos divulgado na quarta-feira (21).

As pessoas que sofrem de hepatite C crônica e de outras enfermidades hepáticas em estado avançado que consomem ao menos três xícaras de café diárias reduzem em 53% o risco de evolução da doença em relação aos que não fazem o mesmo, destaca o estudo realizado pelo americano Neal Freedman, membro do Instituto Nacional do Câncer (NCI).

Divulgação
Consumo diário de várias xícaras de café retarda a evolução de doenças do fígado, como a hepatite C, revela um estudo dos EUA
Consumo diário de várias xícaras de café retarda a evolução de doenças do fígado, como a hepatite C, revela um estudo dos EUA

A pesquisa analisou 766 pessoas com hepatite C sem resposta a tratamentos com antivirais e que bebiam ou não café.

A cada três meses, durante cerca de quatro anos, estes pacientes foram submetidos a biópsias para determinar a evolução da doença.

"Observamos que a evolução das enfermidades era inversamente proporcional ao consumo de café", explicou Freedman.

Uma das hipóteses sobre o papel do café é que ele reduziria os riscos de diabetes do tipo 2, frequentemente associada à doenças hepáticas ou inflamações.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 3 e 4 milhões de pessoas contraem hepatite C a cada ano, e em 70% dos casos a doença se torna crônica e pode provocar cirrose ou câncer de fígado.

Fonte: Folha de SP

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Como mais nozes - Bom para as artérias!


Além de reduzir colesterol ?ruim?, nozes têm efeito benéfico nos vasos do coração

Além de reduzir o “mau” colesterol (LDL), as nozes podem ter outras propriedades benéficas ao coração, segundo novos estudos.
Cientistas da Universidade de Calirórnia-Davis, nos EUA, e da Universidade de Padova, na Itália, descobriram que hamsters de laboratório que consumiram comida com nozes tiveram níveis significativamente menores de uma substância química chamada endotelina.

A endotelina é um composto que causa inflamação das artérias e o crescimento das placas de gordura nos vasos, quadro que eleva o risco de doenças do coração.

O estudo foi feito com cerca de 100 hamsters por um pouco mais de seis meses. Aparentemente, as nozes eliminaram a endotelina das artérias do coração.

As nozes mostraram esse efeito em todas as quantidades consumidas nos testes, que foram o equivalente ao consumo de três a oito porções por dia por seres humanos. As nozes foram moídas finamente para serem acrescentadas à comida dos ratos.

O químico Wallace Yokoyamna, do Serviço de Pesquisa Agrícola de Albany, na Califórnia, colaborou na pesquisa, que foi coordenada pelo nutricionista Paul Davis, da Universidade de Calirórnia-Davis.

O estudo, que foi publicado no Journal of Nutrition, foi construído a partir de observações de vários pesquisadores apontando que as nozes afetam os vasos sanguíneos diretamente.

O estudo californiano foi o primeiro a demonstrar evidências disso ao mostrar a capacidade das nozes de eliminar a endotelina da artéria em animais de laboratório. Estudos complementares precisam ser realizados para verificar se esse efeito ocorre em seres humanos que consomem quantidades moderadas de nozes.

Fonte: Terra

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Exercício é mais eficaz que terapia de choque contra bursite





Um estudo publicado no "British Medical Journal" revela que exercícios supervisionados são mais efetivos do que terapia por ondas de choque para aliviar dores crônicas no ombro, a quarta maior causa de queixa relacionada a dor musculoesquelética no mundo.

O trabalho, o primeiro a comparar os dois tipos de tratamento, foi feito na Noruega e envolveu 104 homens e mulheres de 18 a 70 anos que apresentavam dor havia pelo menos três meses devido à síndrome do impacto no ombro -popularmente conhecida como bursite. O problema ocorre quando dois ossos da região se impactam, comprimindo a musculatura situada entre eles.

Editoria de Arte/Folha Imagem

Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu ondas de choque (uma sessão semanal durante quatro a seis semanas) e outro realizou exercícios supervisionados (duas sessões de 45 minutos cada uma por até 12 semanas). Todos foram monitorados na sexta, na 12ª e na 18ª semanas.

Ao fim de 18 semanas, 64% das pessoas que fizeram os exercícios apresentaram redução na dor e nos índices de incapacidade. No grupo das ondas de choque, 36% tiveram melhora nesses indicadores. Os resultados mostram ainda que mais pacientes do grupo de exercícios voltaram ao trabalho ao fim do estudo, enquanto mais pacientes do grupo das ondas de choque receberam tratamento adicional após 12 semanas -o que sugere menor satisfação com a terapia.

De acordo com Osvandré Lech, vice-presidente da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) e especialista em ombro, esse não é o primeiro estudo que revela que a terapia de ondas de choque tem resultado inferior ao de outros métodos, mas é importante porque não envolve conflito de interesses e tem um rigor científico grande.

"A técnica não é barata e tem resultados limitados em comparação com outras mais simples. A pesquisa é um alerta para os profissionais usarem as ondas de choque de maneira comedida e cientificamente comprovada", afirma.

Na opinião do médico, há um grande interesse econômico por trás da indicação das ondas de choque porque o custo das máquinas utilizadas no tratamento é elevado -superior a R$ 54 mil. "O uso foi ampliado devido ao interesse comercial, mas esse tratamento não é isento de complicações. Muitas vezes o paciente sente dor intensa nas aplicações e pode haver, mais raramente, queimaduras superficiais. Sai caro para um país como o nosso."

O ortopedista Sérgio Luiz Checchia, do Hospital Sírio-Libanês, confirma que a terapia é feita em larga escala, incluindo em situações em que não há justificativa. "Ela pode ser usada quando há calcificação, mas não em inúmeras outras lesões, porque não surte efeito. E o trabalho mostra isso", diz. Para ele, o estudo tem potencial para mudar a prática médica.

Nos EUA, não se faz ondas de choque no ombro, segundo o vice-presidente da SBOT. "No Brasil, o uso não está devidamente regulamentado e a terapia é usada para uma quantidade maior de patologias, como todas as do ombro", afirma.

Editoria de Arte/Folha Imagem

Casos específicos

O ortopedista Gerson Bauer, membro da Sociedade Brasileira de Terapia de Ondas de Choque, defende o tratamento e afirma que ele só é indicado para casos de tendinite calcária. "Para uma tendinite simples, o exercício costuma ter bom resultado. Pode-se até usar as ondas de choque, mas desde que o paciente não responda a outros tratamentos e que se saiba que não é a indicação de escolha."

Os exercícios realizados durante o estudo norueguês também são recomendados no Brasil e incluem alongamentos para recuperar a amplitude de movimentos e um trabalho de fortalecimento muscular. Ao menos no início, é importante que o paciente seja orientado por um profissional.

Fonte:

RACHEL BOTELHO
da Folha de S.Paulo